“ID” – Festival Paraty em Foco 2015 “ID” – Festival Paraty em Foco 2015 zweiarts “ID” – 9 mulheres : Identidades e diversidade na fotografia brasileira Artistas: Claudia Andujar, Claudia Jaguaribe, Cris Bierrenbach, Flávia Junqueira, Lenora de Barros, Lia Chaia, Rochelle Costi, Sara Não Tem Nome e Sofia Borges. Curadoria: Adriano Casanova Se em “Marcados” de Claudia Andujar a força da poética é moldada na luta contra a opressão de um velho mundo carregado de preconceitos e generais percorremos uma enorme diversidade artística até chegar a Sara Não tem Nome que na obra “Sara veste mesa sobre cadeira” formata uma nova negociacão na busca pela identidade e na afirmação de gênero . Formas diferentes de afirmação por sobrevivência em um mundo ,se agora, globalizado ainda patriarcal. A exposição “ID” apresenta trabalhos de nove artistas brasileiras produzidos nos últimos anos. As obras investigam diferentes linguagens na criação do retrato na fotografia contemporânea e trabalham temas como Registro, Identidade e Ficção; linhas condutoras dos trabalhos que também propõem posicionamentos políticos e estéticos ao juntar artistas mulheres brasileiras de diferente gerações. As obras das jovens artistas, representada por Flávia Junqueira, Sara Não Tem Nome e Sofia Borges, criam um paralelo `as das artistas com mais tempo de produção consagradas, Claudia Andujar, Claudia Jaguaribe, Lenora de Barros, Chris Birrenbach, Lia Chaia e Rochelle Costi e gera um diálogo que retrata uma diversidade de propostas na fotografia contemporânea brasileira. Claudia Andujar e Lenora de Barros, nos trabalhos “marcados” e “procuro-me”, fazem uma análise política partindo de um momento histórico e de uma determinada situação social. Andujar apresenta uma série de imagens feitas de uma tribo na Amazônia, onde índios fotografados são identificados por números que substituem suas identidades criando uma rede de tensão social em imagens que possuem uma força emblemática. De Barros, por sua vez, usa seu próprio rosto como personagem principal do trabalho. Ela questiona sua identidade por meio de diferentes personas criadas para “procuro-me” num formato de anuncio policial. Claudia Jaguaribe e Rochelle Costi apresentam o retrato por um viés teatral e surrealista nas series “Retratos Anônimos ” e “Passageiros”. Jaguaribe usa a sobreposição de imagens para criar pessoas a partir de diferentes identidades. Combinando rostos ela cria uma outra persona, muitas vezes indecifrável pela atmosfera teatral e dramática marcada pelo uso da luz nas fotografias. Costi cria intervenções em imagens antigas apropriadas. Em “Passageiros” historias de vida de pessoas fictícias são criadas pela artista, em que coloca paralelamente com intervenções com elementos da natureza sobre fotos PB em uma sequencia de fantasias e ficção. Junqueira, Não Tem Nome e Borges propõem um ponto principal em suas produções que são pensamentos que abordam a criação de novas realidades para o registro do ‘self’ com ou sem identidade. Borges e Não Tem Nome, criam uma atmosfera cinematográfica para suas ações cotidianas, não ensaiadas. Já Junqueira, em “A criança e sua família”, se apropria de imagens compradas em um parque de diversões e as descontextualiza através de novos códigos para cenas do cotidiano registradas pela memória afetiva dos personagens retratados, dialogando diretamente com o trabalho de Rochelle. Por fim, Lia Chaia e Chris Birrenbach propõe um jogo de ações. Chaia registra em “Amigos animais” sua presença com diferentes esculturas de animais em porcelana que encontra pela cidade; dando vida para objetos inanimados e usando a arte e a fotografia como uma ferramenta viva. Bierrenbach se mutila, cria diferentes personagens em que é auto retratada e depois atira com uma arma em seu rosto impresso no papel, rasgando-o com violência para um bloqueio e anulação destas identidades criadas. Em todas as obras da exposição este retrato non-sense de um dialogo destas mulheres consigo mesmas – e muitas vezes com a câmera fotográfica – propõem uma problemática presente na produção artista de hoje: Como decifrar o imaginário artístico feminino atual em meio a tantos registros banais já pré-produzidos ? Produção: Marcela Jones / Irene Hollanda. Usamos cookies para garantir que obtém sempre a melhor experiência ao visitar nosso website, para medir a utilização e o desempenho, bem como apresentar anúncios. 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